POESIAS - NATUREZA 04
FLORES TRISTES
12/02/14
D-71
Flores brotaram
no jardim de minha vida.
Eram tristes e choravam
as esperanças perdidas.
Até que vi canteiros,
alheios,
sem nenhuma flor,
sem nenhum amor,
sem nenhum odor,
apenas espinhos!
Oh, minhas flores queridas!
Sois as alegrias de minha vida!
DOMINGO
23/02/14
D-80
Flores singelas,
brancas e amarelas,
chinelos nos pés,
camiseta branca,
bermuda fofa,
sorriso nos lábios...
As flores, já no vaso,
enfeitam a sala,
churrasco cheiroso,
sorriso apetitoso,
conversas esparsas,
música variada,
tudo jeitoso,
não falta nada.
As flores do vaso,
muito bonitas,
também estão sorrindo,
são a imagem daquela gente,
divertida e contente,
no almoço de domingo!
As flores são como aquela gente!
No final da tarde, coitadas,
ao se verem murchando,
percebem, irritadas,
que não têm mais raízes,
elas lhes foram cortadas!
...são como aquela gente!
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SIMPLICIDADE
24/02/14
D-81
Quero ser tão simples
como a natureza tão bela,
sem riquezas vis,
sem mazelas,
caminhar sem me preocupar
a que horas vou chegar...
A sociedade estressante,
da riqueza amante,
é escrava do ter,
do querer ser
o que se não é!
Tudo se valida, tudo se justifica,
em busca do prazer,
do dinheiro e do poder.
A vida simples, sem rebusques,
se resume em ter fé,
em querer ser apenas o que se é!
NA BEIRA DA ESTRADA
02/03/14
D-86
A flor na beira da estrada
esnobava seu esplendor,
a quem passasse em caminhada.
Certo dia, coitada,
esbanjando paz e amor,
foi friamente esmagada,
pelas rodas de um trator!
O SOL
16/03/14
D-89
Sol quente, inclemente,
e eu aqui, todo suado,
continuo minha viagem
à solidão abandonado...
Parei para um sorvete
e depois uma garapa gelada,
que gelou a minha estrada.
Os quilômetros passavam,
o calor retornou.
Parei numa cachoeira
e a aguinha, ligeira,
meu corpo esfriou...
Cheguei.
O calor continuava,
me irritava,
bati à sua porta.
Você me atendeu e me olhou.
O calor, até então intenso,
por inteiro passou!
Pois um simples olhar seu
me gelou!
O INVERNO
27/04/2014
D-100
O vento frio de outono
sopra de leve minhas faces,
trazendo-me o anúncio esperado
do inverno que se aproxima acelerado.
O que penso me dá arrepios:
Há pobres que morrerão de frio,
nas esquinas perdidas do mundo,
nos becos escuros e imundos.
Abrigado na minha manta,
a minha tristeza é tanta,
que não mais consigo pensar.
Largo caneta e papel,
Pego meu terço envelhecido,
e rezo por esse povo esquecido!
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