POESIAS –PESSOAS, CONTATOS, TRABALHOS 10
VALSA ETERNA
10/04/16
C-269
Eu me lembro dançar esta valsa
na alegria dos tempos de outrora;
deslizávamos qual uma balsa,
no salão, quase até a linda aurora.
Amizade tão pura e sincera
como nunca no agora, eu vivia!
Nossa vida era só primavera,
nosso inverno, eu nem pressentia!
Os cabelos grisalhos de agora
vêm dos anos que a vida nos deu!
A magia fugiu, foi embora,
nosso sonho de então, já morreu!
Fim de vida, só resta a esperança
de encontrarmos no céu a alegria!
Viveremos pra sempre a festança,
uma valsa de eterna magia!
SEGUNDAS QUADRINHAS
18/04/16
C-271
1ª
Pessoas bocejando,
carros quase parando,
mormaço,
inchaço,
enjoo estomacal,
abuso do sonrizal,
que segunda feira braba!
2ª
Nas entrelinhas de tua carta
percebi tristeza imensa!
Não te impeço que tu partas!
Minha dor, oh! Como é intensa!
3ª
Busquei na tua vida a amizade,
sinceramente e com alegria.
Nunca imaginei que tua maldade
superasse em muito tua magia!
4ª
Minha mãe dizia sim,
o meu pai dizia não,
até que eu soube, enfim,
que eram coisas do coração!
5ª
Que a paz que sinto agora,
nesta tarde de tanta graça
se estenda mundo afora,
que a maldade se desfaça!
6ª
Teus desejos de vingança
vão te causar tristeza!
A bondade sempre alcança
alegria, muita beleza!
7ª
Sempre ouço os passarinhos
me acordar de manhãzinha.
Não têm o que fazer esses bichinhos?
Como “barulham” esses pestinhas!
8ª
Um, dois, três, quatro,
hoje não chego aos cinco!
Vou rasgar o teu retrato,
pra acabar tudo o que sinto!
9ª
Que florzinha bonitinha!
Da natureza, é o encanto!
Mas prefiro uma frutinha,
que como sem conquanto!
10ª
O amor é como a luz
que entra de mansinho!
Nos alegra e nos seduz,
com calor e com carinho!
TERCEIRAS QUADRINHAS
15/06/16
C-281
1ª
Sem o teu amor
eu me sinto sozinho!
Sem o teu calor,
perco o meu caminho!
2ª
Bem me quer, mal me quer,
o final não me importa!
Dê no que der,
sempre estarei à tua porta!
3ª
Olhando ao horizonte
eu vejo o sol se pôr...
Olhando-te defronte,
eu perco a minha cor!
4ª
Sinto-me arrepiar
quando eu te vejo assim!
Porém, vivo a cantar,
quando estás longe de mim!
5ª
O sino bate: Blim, blóm!
A missa vai começar!
O carro me chama: fóm-fóm!
Mas na cama eu quero ficar!
O riacho que corre,
no rio vai desaguar!
O santo, quando morre,
ao paraíso vai chegar!
7ª
Tudo passa nesta vida,
passa a dor, passa a alegria,
mas na pessoa ressentida,
nunca passa a agonia!
8ª
O sorriso do palhaço
encantou a multidão;
ninguém viu cair em seu regaço
as lágrimas da solidão!
9ª
Ouço o murmúrio suave
do regato entrando na mata!
Faz-me lembrar do entrave
de tua mentira insensata!
10ª
Ave, Maria santíssima,
Mãe, tão cheia de graça!
A ti rogo, Mãe boníssima,
que toda a maldade se desfaça!
MUNDO ATUAL
03/08/16
C-296
Mundo atual... suas incertezas
levam à pane nossos corações!
Já não se sabe quem é bom ou mau,
busca-se sempre as fortes emoções!
Eu tenho pena dos que estão nascendo,
eles não sabem o que vão encontrar!
Os baluartes do amor estão morrendo,
logo não saberão o que é amar!
Uma renúncia eu peço a todos,
de todo o mal, do prazer pelo prazer!
Longe de nós os sutis engodos,
Ser sempre fiel a Deus, até morrer!
LUCIANO
06/08/16
C-300
O riso fácil e abundante
sempre mostra alegria!
Às vezes esconde o semblante
de quem vive na agonia.
Luciano, meu aluno, sempre rindo,
por todos e por todas era amado.
Esportista, sempre indo, sempre vindo,
ninguém jamais o vira angustiado.
Certo dia, noite de formatura,
todos já tinham ido embora.
Ao fechar o salão, noite escura,
ele me esperava lá fora.
Voz embargada, soluçava,
desabafou-me seus sentimentos.
Era infeliz, a todos enganava,
em seu bolso, um revólver cinzento.
Era despedida. Queria matar-se,
o mundo já não mais o atraía.
Nada mais o faria calar-se,
falou tudo quanto podia.
Irmã prostituta, pai alcoólatra,
família difícil, desintegrada!
Animei-o, chamei-o de “risólatra”,
a arma no rio foi jogada.
Seu riso deixou de ser fingido,
embora menos abundante.
Casou-se, continuou desinibido.
Como nossa conversa foi importante!
De tudo isso aprendi a lição:
aprender a ouvir, mais do que falar.
Ninguém vê o nosso coração,
a ninguém jamais podemos julgar!
JOVEM!
21/08/16
C-303
Jovem, que esperas da vida?
Onde puseste teu coração?
Em que força buscas guarida?
A quem consideras irmão?
Da internet se avassala a febre,
o dinheiro canta mais alto...
A futilidade corre como lebre,
seja na cidade, seja no asfalto!
O amor virou consórcio,
a família, dizem que “já era”!
“Conserta-se” com o divórcio
problemas de qualquer esfera
A natureza é devastada,
a mídia, como um deus impera.
Quanto tempo durará ainda
a frágil vida nesta terra?
Lideranças detestáveis
sugam jovens de roldão...
As virtudes, tão instáveis,
foram banidas do coração!
Jovem que estás me ouvindo,
desfaça-te da leviandade!
Com teu coração se abrindo,
reveste-te da santidade!
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